Tuesday, August 29, 2006

Prefiro super-herói de olhos puxados


Chega de Batman e Superman. Eu quero ver o Ultraman!

Neste domingo, indo "bater perna" em Shibuya com o Gustavo, encontrei esse cartaz aí da foto grudado na parede da estação de trem perto da minha casa.

Já que não dava para roubar o cartaz - na verdade, nem pensei em fazer isso - o jeito foi tirar a câmera da bolsa e fotografar.

Não entendi nada do que estava escrito. Quer dizer, entendi o suficiente (eu acho!): o filme do Ultraman estréia no dia 16 de setembro. E eu quero ver!

Para quem é fã do Ultraman, mas não mora no Japão, acho que não vai dar para conferir. Duvido que esse filme seja divulgado fora daqui. Mas, quem sabe, lá no Bairro da Liberdade (o bairro japonês de São Paulo) apareça umas cópias piratas. Sei lá (sou de Belo Horizonte), mas não custa procurar né...

Agora deixa eu confessar: tô louca para assistir a esse filme aí, mas nunca fui fã do Ultraman. É que ele já está nos 40 e eu ainda nem cheguei aos 30. Sou da geração do Jaspion e do Changeman. Hihihihi...

Aliás, eu era apaixoanda pelo Change-Dragon, aquele de roupa vermelha. Mas isso já é outro post. Depois eu conto.

Confissão 2: tô cansada do Super-homem, mas eu gosto do Batman sim. E do Homem-Aranha também :)

Saturday, August 26, 2006

Monte Fuji: eu recomendo!


Sempre ouvi falar do Monte Fuji, a tal montanha sagrada do Japão. Sabia também que era o ponto mais alto do país (3.776 metros de altitude) e que, apesar de ficar em outro estado, pode ser vista de Tokyo. Mas só quando cheguei aqui, soube que qualquer um pode escalar o Monte Fuji: até eu que nunca fui chegada a uma escalada. Nem de árvore!

Adorei a idéia. Afinal, eu adoro o Monte Fuji. É lindo demais e eu adoro ficar olhando pra ele. Nos meus primeiros meses no Japão, tive o privilégio de passar uns dias numa casa a pouquíssimos metros do Fuji-san (é assim que os japoneses chamam o Monte Fuji). E, é claro, eu aproveitei! Pode parecer loucura, mas tenho uma sensação de paz quando vejo o Fuji-san. A mesma de quando eu vejo o mar.

Deixa esse papo pra lá. Já ficou clara a minha paixão pela montanha sagrada dos japoneses. Então, também tá na cara que eu fiquei super empolgada com a idéia de chegar ainda mais perto dela e ver o sol nascer lá de cima.

A empolgação era tanta, que nem lembrava que ia passar horas e horas em cima de um vulcão. Que ia andar como nunca tinha andado em toda a minha vida. Que ia sentir frio, sono, cansaço, dor nas pernas, dor-de-cabeça, taquicardia, falta de ar. Tudo isso ao mesmo tempo. Só lembrei, quando já estava lá. E não valia mais a pena voltar.

No verão de 2004, fui num grupo de oito pessoas: amigos do trabalho e amigos que conheci através do trabalho. Deu tudo certo, chegamos até o final (só a metade das 400 mil pessoas que começam a escalar, por ano, chegam até o topo) e vimos o nascer do sol mais lindo do planeta! Oops, eu disse tudo? Na verdade, deu QUASE tudo certo.

Na volta, nosso grupo se dividiu em três ou quatro (já esqueci). E todos os três ou quatro subgrupos erraram o caminho! Paramos o carro em Yamanashi, onde fica a trilha que subimos. Mas, por pura distração, voltamos pela trilha que termina em Shizuoka, ou seja, do outro lado da montanha - que de pequenininha não tem nada.

Tivemos de desembolsar 20 mil ienes (ou quase 200 dólares) para pagar um táxi e ir buscar o carro lá onde Judas perdeu a bota (Yayoi, essa é uma expressão que não tem na gramática. Se não entender, eu explico). E quem não estava no táxi, como eu, teve de esperar uma hora (ou foram duas?) até o carro chegar.

Uma semana depois e eu ainda estava cansada. Subir escada era um terror! Descer, então, Deus me livre! Sentar também era uma tortura pra mim, como seu eu fosse tão velhinha quanto à velhinha da Praça é Nossa (para quem não conhece, esse é um programa de humor da TV brasileira).

Terminada a aventura mais emocionante - e desgastante - da minha vida, prometi para mim mesma: vou subir o Monte Fuji de novo. Só que, da próxima vez, vai ser diferente. Nada de escalar à noite, caindo de sono e com pressa, como se eu fosse uma alpinista em busca de um espaço no Guiness Book.

Dois anos depois e promessa cumprida!

No início dessa semana, lá estava eu de novo, escalando o Monte Fuji. Foi cansativo sim, mas muito mas prazeroso. Dessa vez, foram três pessoas: eu, a Raquel e o Ken. Começamos a subida por volta do meio-dia. Às 8h da noite, paramos para jantar e dormir numa pousadinha, a mais de 3 mil metros de altitude.

Antes da meia-noite, já estávamos de volta à trilha. Muito menos cansados e com muito menos sono. Subimos (mais ou menos) tranqüilos até o topo. Chegamos lá às 4h da manha e só às 5h08, como nos avisaram, o sol nasceu. Hino do Japão, música do Fuji-san que, segundo o Ken os japoneses aprendem na escola, e um coro para saudar o sol!

É nessa hora que o cansaço vai embora. Que a gente vê que valeu a pena. Que a gente pensa em voltar. E esquece que falta a (mais cansativa ainda) descida.

Depois de dar uma conchilada, de comer, de ir ao banheiro (com papel higiênico e placa em japonês, inglês, chinês, coreano, espanhol e PORTUGUÊS) , de dar uma passada no templo - sim, tem um templo lá em cima - e de dar uma bisbilhotada na cratera, pegamos a trilha de volta.

Já era quase 10h. A caminhada só terminou às 2h45 da tarde. Dessa vez, na trilha certa. Comemos e pegamos estrada - ou melhor, trilho, já que voltei de trem - para Tokyo. Cheguei em casa às 10h da noite. No dia seguinte, lá estava eu no trabalho. Cansada, mas inteira e com vontade de subir de novo!


FALTOU CONTAR...

1 - Jovem, criança, velhinho, japonês, estrangeiro, brasileiro. Tinha tudo isso no caminho;

2 - Nas paradas, tem banheiro, comida, pilha, luvas, bombinha de oxigênio e cia;

3 - No topo tem lojinha de souveniers e correio;

4 - Nao tenho foto (a bateria acabou antes da hora!), mas encontramos tratores lá em cima! Eles levam essas coisas todas que citei no item 2 e ainda recolhem o lixo;

5 - A "pousada" que fiquei tem três andares, tem espelho que dá para ver o corpo inteiro (na minha casa não tem) e até closet!

6 - Só da para escalar o Monte Fuji no verão - nos meses de julho e agosto. Fora isso, a montanha "fecha";

7 - Todo ano, morre gente lá. A maioria é velhinho que não resiste ao Mal da Montanha, mas tem gente que morre ao cair da trilha;

8 - Vi duas placas em português: a do banheiro (não jogue papel dentro do vaso) e essa aí da foto, que tem escrito subida em português, japonês e coreano. Essa segunda aí serve pra quê?

9 - Tinha gente com ipod e celular durante a caminhada e até no topo!

10 - Uma latinha de "cocoa" (leite achocolatado) custa 400 ienes lá no topo e pouco mais de 100 ienes em qualquer outro lugar do Japão.

PARÊNTESE: pra variar, tô com problemas "técnicos". O computador já sarou, mas perdi o cabo da minha câmera e não posso descarregar as fotos. Essas aí são da câmera da Raquel...

Thursday, August 24, 2006

AVISO 2 : )


Ja publiquei as fotos da praia, comentei os comentarios dos leitores, mas nao vai dar para cumprir toda a promessa (aquela que fiz no ultimo post). So a metade mesmo...

O computador continua em "tratamento" e to aqui num cybercafe louca para voltar para casa e dormir muuuito. To com muito sono e cansadissima. E que nessa terca e quarta, eu escalei o Monte Fuji de novo! Sim, passei a noite em cima de um vulcao e vi o sol nascer do ponto mais alto do Japao: 3.776 metros de altitude.

Nao vou contar mais. Ja deu pra perceber que esse e o tema do proximo post, ne. Com fotos, claro. E nao roubadas da internet, como essa dai :-)

PARENTESE: nao gosto de mexer nos textos ja publicados, alias, acho que nunca mexi. Mas quem reler o post "Com boia e sem salto alto" vai perceber que mudei algumas coisinhas e acrescentei uma informacao. Na hora de reescrever a metade do texto que eu tinha perdido, acabei esquecendo... desculpa!

Tuesday, August 22, 2006

AVISO : (

Meu computador tá com vírus, o computador reserva (que nem é meu) é um macintosh do século 15 que só serve para me irritar e o plano C, literalmente C, cybercafe, não dá pra ser executado agora.

Nessa terça e quarta não vou trabalhar - sim, vou "descansar" - mas na quinta eu volto com as fotos da praia, post novo, comentários dos comentários dos leitores e ainda comentários nos blogs dos leitores-blogueiros.

Esperem por mim!

Ai, meu Deus, prometi, agora vou ter que cumprir...

Com bóia e sem salto alto



Apesar do Japão ser um arquipélago e de Tokyo ser uma cidade litorânea, ir à praia aqui é uma aventura quase tão emocionante quanto escalar o Monte Fuji.

Depois de horas de trem, muitas baldeações e desencontros, cheguei à tal praia que havia planejado (quem leu o post A caminho da praia vai me entender melhor). Em vez de chegar às 10h44, como imaginava, cheguei às 12h30. Detalhe: saí de casa às 8h da manhã!

Já estava cansada e, é claro, caindo de sono - ninguém merece madrugar em pleno sabadão - mas só de respirar aquele ar puro e olhar aquela paisagem, tudo de ruim foi embora.

Parei de resmungar e só queria ir logo pular naquela água, que parecia deliciosa. E era mesmo! Perfeita: nada de água verde-esmeralda, nem areia finíssima e braquíssima como daquelas praias paradisíacas das revistas de turismo. Mas duvido que uma dessas praias aí seja tão gostosa quanto essa daqui.

A praia de Onjuku, em Chiba (leia Tiba e Ondjuku), me lembra as praias de Ilhéus, na Bahia. É daquelas praias em que a gente não consegue sair da água - e foi o que eu e a leitora-amiga Shigeka fizemos. "Que delícia!" era só o que a gente falava, entre uma furada de onda e outra.

E a gente também se divertia observando os japoneses se divertindo com as bóias. Eles adoram bóias! E não tô falando só das crianças não. Tô falando dos adultos também!

Se fossem simplesmente bóias, quem sabe até passariam despercebidas. Mas tem cada bóia... Marmanjo andando pela praia com uma bóia cor-de-rosa na cintura nem é o mais engraçado. Imperdível mesmo são as bóias-orca (na foto, veja uma mistura de orca com baleia azul). Eles adoram bóia em forma de baleia. Dessa vez, vi umas três. E das outras duas vezes que fui à praia aqui, também vi.

Tinha menina se maquiando sim - e muitas outras maquiadas - mas não vi nenhuma de salto alto, ao contrário do que esperava o leitor-blogueiro Emerson, do Projeto Andrômeda. Nem precisava, já que tinha outras coisas inusitadas para apreciar: que tal um pai nadando de pijama (pra ele pode não ser mas, pra mim, essa roupa aí da foto é pijama sim) com a sua filhinha, também vestida com uma blusa de manga comprida?

E uma senhora caminhando na areia, também vestida com blusa de manga comprida, chapéu e sombrinha? E muitas outras crianças também vestidas com blusa de manga comprida? Não consegui fotografar tudo o que eu queria (por isso, estou pensando seriamente em comprar uma câmera com um zoom super potente) e umas das coisas que perdi foi a foto de pelo menos três japoneses - cinqüentões - de sunga! Sim, eles usam sunga! E eu achava que não...

Tinha ainda um menino vestido com a camisa da seleção brasileira e brincando com uma bola de futebol - ok, isso não é tão inusitado assim.

AI, QUE ÓDIO!
(acabei de perder metade do texto que acabei de escrever e, agora, tô tentando emendar...)

Queria fotografar, ainda, as barraquinhas - que na verdade são restaurantes bem arrumadinhos - mas quando resolvi já não dava mais. Às 17h os alto-falantes começaram a falar "saiam da água", os mocinhos recolheram nossos guarda-sol (ai, como é o plural dessa palavra aí?), expulsaram - com toda a gentileza típica dos japoneses, claro - os últimos clientes das barraquinhas e o jeito foi pegar o trem de volta.

Enquanto eu e as demais mocinhas elegantes (e, agora, nem tão branquelas), nos preparávamos para partir, surgiram vários caminhõezinhos, especialmente para recolher os nossos lixos. Que legal! Nunca vi isso no Brasil...

Legal por um lado e chato, por outro. Afinal, era mais um aviso de que a praia realmente ia "fechar". Ainda bem que o sol tambem estava de partida e, assim, foi mais fácil me conformar. Cheguei em casa umas três horas e meia depois, cansadíssima, menos branquíssima e felicíssima. Agora tô esperando chegar o próximo final de semana para encarar, de novo, essa aventura quase tão emocionante, mas não menos divertida, quanto escalar o Monte Fuji.

AI, QUE ÓDIO 2
(não ficou igual e o primeiro texto é sempre melhor. Snif, snif, snif... odeio esse tal de macintosh!)

Sunday, August 20, 2006

Blog também tem dia


O Gustavo me contou: 31 de agosto é o Dia do Blog. E ele ainda aconselhou "olha, parece uma boa oportunidade de propangadear seu site. Embora eu ache que nem precise de divulgação. Já é um sucesso!"

Feliz da vida, depois de receber um elogio desses (espero que não seja só puxa-saquismo, viu Gustavo!), cliquei lá no link que ele me mandou (http://www.blogday.org/?page_id=11) para conferir o quê que esse Dia do Blog tem de especial.

Pareceu interessante e resolvi compartilhar a oportunidade com os leitores-blogueiros :D


A NOTÍCIA

Você sabia que existe o "dia do blog"?

VOX NEWS - 20/7/2006

Já existe um dia do ano para comemorar os "blogs". A data será comemorada no próximo 31 de agosto e foi escolhida pois 3108 lembra a palavra blog.

Durante o "BlogDay" blogueiros de todo o mundo farão um post para recomendar a visita a novos blogs, de preferência, blogs de cultura, pontos de vista ou atitude diferentes do seu próprio blog. Nesse dia, os leitores de blogs poderão navegar e descobrir blogs desconhecidos, celebrando a descoberta de novas pessoas e novos bloggers.


PARA OS LEITORES-NÃO-BLOGUEIROS,
peço desculpas. Mas acho que para quem gosta de ler blog também é uma boa oportunidade para descobrir blogs novos. Só não vale jogar o Meu Japão para escanteio.

Ai, meu Deus, lá vai eu fazer propaganda alheia de novo. É que não adianta eu esconder os blogs bacanas de vocês, né. Acho legal saber que vocês continuam aqui por livre e esponânea pressão. Oops, vontade.

Parêntese: fotos da praia, só amanhã. Esperem mais um pouquinho, please : )

Saturday, August 19, 2006

A caminho da praia


São 1h28 da manhã.

Tenho que ir dormir logo, já que às 7h preciso estar de pé. Eu, a Monica - mais conhecida aqui como "A Chata" - e a Shigeka vamos (tentar) ir à praia.

A gente combinou assim:

8h30 - Encontro com a Monica em Akihabara (por isso, terei que sair de casa às 7h45)

8h43 - Eu e a Monica temos que pegar o trem da linha Sobu

8h52 - Trocamos de trem em Kinshicho

Em alguma estação (já esqueci qual é), a Shigeka aparece.

9h26 - As três mocinhas elegantes (e branquelas!) trocam de trem mais uma vez, em Chiba

10h14 - Pela enésima vez, as três mocinhas elegantes (e branquelas!) trocam de trem, em Kazusa-ichinomiya

10h44 - Finalmente, três horas depois de sair de casa, as três mocinhas elegantes (e branquelas!) chegam a Onjuku. Andam mais um pouquinho e lá está a praia.

Amanhã eu conto se as três mocinhas elegantes, realmente, chegaram à praia. E se continuam branquelas.

Thursday, August 17, 2006

Gomen nasai!


Isso aí é desculpa, em japonês. Tô super feliz com a chegada de novos leitores, como a Erica, a Luiza, a Kaká, a Pucca (ARIGATOU!) e queria publicar coisas novas todos os dias para receber essas e as velhas visitas, sempre.

Novidade é o que não falta. Na minha câmera tem foto para, pelo menos, três novos posts. O que falta é tempo. É verdade! É quase meia-noite. Acabei de chegar em casa. Tenho que tomar banho, comer e dormir logo.

Nessa semana, cheguei todos os dias com muito sono no trabalho... Não estudei japonês dia nenhum. E, apesar de ter tido tempo de dar um pulinho (só um pulinho) no bar-colírio, nem pude cuidar da casa: lavar roupa e cia, só no sábado mesmo.

Gomen nasai!

Espero que vocês não me abandonem. Pelo contrário, que aproveitem esse tempinho para colocar a leitura do Meu Japão em dia. Afinal, acho que o Mili (ele não comenta, mas sei que ele lê) e talvez a Shigeka são os únicos que leram todos os cento e poucos textos que escrevi aqui.

Sugestão da casa:

EU VI UMA GIRAFA
(http://meujapao.blogspot.com/2006/06/eu-vi-uma-girafa_06.html)

GUARDA-GUARDA-CHUVA
(http://meujapao.blogspot.com/2006/02/guarda-guarda-chuva.html)

OS JAPONESES NÃO SÃO TODOS IGUAIS
(http://meujapao.blogspot.com/2006/02/os-japoneses-no-so-todos-iguais.html)

EXCLUSIVO: O MILI AGORA TEM CELULAR
(http://meujapao.blogspot.com/2006/01/exclusivo-o-mili-agora-tem-celular.html)

COCO!
(http://meujapao.blogspot.com/2006/07/coco.html)


ps: tô usando um mac, por isso não consigo colocar link. Então, tem que copiar e colar mesmo. Gomen nasai!

Saudade da minha primeira vez...


... perdi a nevasca em Tokyo, mas não perdi a nevasca em Nagoya. Isso foi no final do ano passado, às vésperas do Natal. Fiquei suuuper feliz de ver neve, muita neve, pela primeira vez.

Não sei se é a paisagem mais linda que já vi, mas sei que é uma paisagem lindíssima! Lembro que todo mundo reclamava dos transtornos, mas eu não conseguia conter a minha felicidade.

Eu adoro o verão e detesto sentir frio, mas aí está uma coisa que adorei no inverno daqui: a neve.

Sei que estamos em pleno verão, loucos (pelo menos, eu) para ir à praia, mas recebi as fotos da minha primeira vez - quero dizer, da primeira vez que vi muita neve - só agora. Daí, a saudade.

FOTO: eu, tentando bancar "a japonesa" (com dedinhos em V) num parque em Nagoya. Tinha ido lá a trabalho, acho.

Monday, August 14, 2006

E se a Pamela Anderson morasse no Japão?



Faz tempo que pensei nesse título aí em cima, mas só ontem descobri que não dava mais para adiar o assunto. Todo mundo deve saber que as japonesas são magrinhas, delicadinhas e têm uma comissão de frente - como diriam os cariocas - ou um par de air bag - como diriam outros - não muito "bem dotada (ou dotado)".

Então, dá para entender porque todos - eu disse TODOS - os sutiãs à venda nas lojas japonesas têm enchimento. Para os homens, que podem não entender muito bem o que estou falando, enchimento é uma espécie de almofadinha que faz vocês acharem que somos beeem mais abençoadas pela natureza (ou pelo silicone).

Aí pensei: "e se a Pamela Anderson - que tem um air bag mais que duplo - morasse no Japão?" Provavelmente, ela teria de comprar sutiã com enchimento também. Ou então encomedar de qualquer outro país. Pois é, os fabricantes de sutiãs do Japão estão pouco se lixando para as estrangeiras, nem tão "despeitadas" quanto as japonesas.

"Bem dotada" ou não, quem mora aqui tem que comprar sutiã com enchimento. E se achar que é dispensável, que pegue uma tesoura e arranque a tal almofadinha. Mas sutiã sem enchimento não existe! Até biquíni e top de fazer ginástica têm enchimento!

Já nem pensava mais nesse assunto, quando passeando com a leitora (e amiga) Shigeka, vi essa vitrine aí da foto. Na verdade, ela viu primeiro. Mas, na hora, decidi: vamos tirar uma foto! É a foto perfeita para o post da Pamela Anderson. Aí está. Dá pra entender?

Saturday, August 12, 2006

Sorry, Nagoya


A minha curta temporada em Nagoya foi mais curta do que eu esperava (acho que uns 3 meses). Estou de volta à Tokyo. Cheguei na quarta-feira à noite e, é claro, já dei uma passadinha - duas, na verdade - no bar colírio.

Reencontrei alguns amigos e não vejo a hora de reeencontrar os outros. Shibuya (esse bairro aí da foto), espere por mim! Ai que saudade de você!

Sorry, Nagoya. Vou sentir saudade do sanduíche de churrasco, dos salgados da Dona Gracete, de comer arroz com feijão - e muito tempero - mas não fiquei triste não.

Acho que o meu caso com Tokyo foi amor à primeira vista e duvido que Nova Iorque, Londres ou Paris me façam mudar de idéia. O que será que o tabuleiro da baiana tem? Oops, eu quis dizer o "tabuleiro" de Tokyo.

Alguém aí sabe me dizer? Ou só eu gosto de Tokyo tanto assim?

Pera aí, eu não disse que não vou sentir saudade de Nagoya. Conheci gente muito bacana lá! E espero voltar para passear : )

Tuesday, August 08, 2006

Ódio dessas magrelas!


Me perdoem, mas não dá pra disfarçar. Tô com muita raiva desse padrão japonês. É, tô falando do padrão de beleza e de sei lá o quê. Do padrão que os japoneses usam para escolher as roupas que vendem.

No Brasil, eu era magra. Tinha gente que me chamava de magrela e eu tinha muitas amigas mais altas do que eu. Aqui, além de ser uma girafa (com 1,70m!), descobri que sou gorda! Óoooodio mortal!

Tudo bem que depois de uma temporada em Nagoya - comendo X-churrasco com guaraná quase todos os dias - eu engordei um pouquinho, mas foi só um pouquinho... Não pensei que fosse o suficiente para ficar na maior deprê depois de tentar fazer umas comprinhas.

Acho que experimentei todas as roupas de todas as lojas de Sakae, o tal bairro badalado de Nagoya, e a única coisa que consegui comprar foi essa calça aí da Zara (que, graças a Deus, tem roupa "fora do padrão").

O triste é que a idéia era comprar uma saia ou um vestidinho. Para isso, ou dou um jeito de me enquadrar nesse tal padrão (se é que existe um jeito) ou vou fazer compras lá do outro lado do Oceano Atlântico.

Ai que post fútil, eu sei. Desculpa! Mas as mulheres, especialmente as estrangeiras que vivem no Japão, vão me entender.

PARÊNTESE: Ok, confesso que esse ódio mortal é pura inveja :D

Sunday, August 06, 2006

Ocupadíssima


E cansadíssima também.

É verdade! Desculpa!

Eu volto. Enquanto isso, vão escrevendo vocês :D

Aqui no Meu Japão, claro.

Ah, como eu sei que vão me chamar de preguiçosa (não é, Mili?), que tal essa foto aí?

Friday, August 04, 2006

Ganhei!


Tô brincando, claro. Afinal, nem tirei férias...

E fiz confusão mais uma vez. O resultado do Takarakuji sai só no dia 11 (não sei porque coloquei na cabeça que era hoje).

Tenho que esperar mais uma semana pra saber se continuo pobre ou virei quase milionária.

Ai, ai. Vai ser duro esperar! Já estava sonhando com a combinação praia, água-de-coco e moqueca, na Bahia.

Wednesday, August 02, 2006

Apurate, AnRRelica!


A Angelica (leia AnRRélica) é uma peruana tranquila, tranquila - sem trema mesmo. Caiu de "pára-quedas" em Tokyo, assim como eu, e depois de quase dois anos dividindo o mesmo apartamento viramos grandes amigas.

Mês passado, ela voltou para o Peru e eu fiquei muito triste. Lembrei de um brasileiro que entrevistei tempos atrás. "Melhor não criar raízes, se não o retorno é dolorido". Eu não segui o conselho dele e criei muitas raízes aqui no Japão.

A Angelica é uma dessas "raízes". Com ela aprendi portunhol, descobri que a comida peruana é deliciosa, fiquei com vontade de estudar espanhol e também de conhecer os nossos vizinhos da América Latina e ainda percebi o quanto os peruanos são buena gente.

Por outro lado, consegui convencê-la de que os japoneses são flaquitos sim, mas muito fofos! E que o Japão é muy raro, mas muito legal! Ela custou a concordar comigo e a se adaptar ao "sistema japonês", mas saiu daqui tomando até o horripilante chá verde!

Tenho muitas histórias divertidas para contar, como o episódio cucaracha, o episódio da loja de chá verde e os vários episódios Apurate, Angelica. Mas hoje (dia 1º de agosto) é aniversário dela e a idéia é dar os parabéns aqui.

Pessoal, vamos desejar Feliz Cumpleaños para a Angelica. Os comentários deste post são para ela! E você, Angelica, vê se volta logo para o Japão ou se apresse para a gente se (re)encontrar na Austrália, Nova Zelândia, Espanha ou sei lá onde.

Apurate, Angelica!

FOTO: Angelica, eu e um dos colírios do bar-colírio, o nosso bar preferido :)