Sunday, December 31, 2006

Eu não enforcaria o Saddam



Nem o Saddam, nem o Hitler, nem ninguém.

Sou contra a pena de morte.

O Japão é a favor : (

LINKS:

1 - Pena de morte/enforcamento
http://noticias.uol.com.br/licaodecasa/materias/medio/atualidades/ult1685u268.jhtm

2 - A morte de Saddam
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u103274.shtml

Friday, December 29, 2006

Juliana Paes no cinema japonês?



Pelo menos, por enquanto, não. Essa mocinha aí é só uma sósia japonesa dela, que descobri assistindo ao filme Tokyo Friends. Como disse o Emerson, do blog Tokyo Passion (ex Projeto Andrômeda), para cada brasileiro, há um sósia japonês.

"Já encontrei vários japoneses com traços de companheiros brasileiros com cara de ocidental. Inclusive um muito parecido com o Velho, um amigo meu que é loiro e tem olho azul."

Eu apóio a teoria do Emerson. Não tenho provas, mas já encontrei as versões japonesas do Sérgio Marone, do Bezerra da Silva, de outros que já não lembro mais e até do Milton Gonçalves. Desse último eu tenho foto!


LINKS (no mac, só consigo colocar assim):

1 - Juliana Paes, a original
http://penajaca.globo.com/Novela/Penajaca/Personagem/0,,PS1019-7606,00.html

2 - Tokyo Friends, o filme e foto maior da atriz japonesa
http://www.tokyofriends-themovie.jp/ (clique em "about the movie", "cast&staff" e na segunda foto da esquerda para a direita)

3 - Milton Gonçalves japonês, a foto
http://meujapao.blogspot.com/2006/02/os-japoneses-no-so-todos-iguais.html

4 - Tokyo Passion, onde está a teoria do Emerson
http://www.blogger.com/comment.g?blogID=14893725&postID=112523986337470994

Monday, December 25, 2006

Samba, futebol, crime e impunidade


A imprensa do Brasil costuma associar os trabalhadores brasileiros no Japão aos milhões de dólares que “enviamos”, todo ano, ao nosso país. Mas na imprensa japonesa, a nossa imagem é bem diferente. Vira e mexe, somos associados ao samba, ao futebol e, infelizmente, ao crime também.

Em pleno Natal, lá estávamos nas tevês e jornais de todo o Japão. Um brasileiro é acusado de matar, por estrangulamento, a namorada e os dois filhos dela – de 15 e 10 anos de idade. E, é claro, logo depois do assassinato, ele fugiu para o Brasil.

O mais triste é saber que esse é apenas mais um caso de brasileiro que comete crime aqui e se esconde na terra natal. Por falta de um acordo entre os dois países, nem a polícia japonesa, nem a polícia brasileira podem agir. Afinal, o acusado é brasileiro, mas o crime foi no Japão.

Sunday, December 24, 2006

Natal dos Namorados



Um amigo japonês me perguntou como os brasileiros comemoram o Natal. Eu contei que as famílias se reúnem, preparam uma ceia especial e trocam presentes.

Expliquei que "a família", nesse caso, não é só o pai, a mãe e os filhos. "Os avós, tios e primos também participam. Às vezes, os vizinhos e amigos também".

"E o namorado ou namorada?"

Era a pergunta que eu queria ouvir. Respondi que sim e emendei "e no Japão? É verdade que o Natal é comemorado a dois?"

Foi a vez dele me explicar que Natal, aqui, é sem família. Os casais saem para jantar, passear...

"... e terminam a noite romântica num motel, não é?" O meu amigo deu aquele sorrizinho envergonhado e confirmou.

Acho que Jesus Cristo não ia gostar de saber que o aniversário dele é comemorado assim. Hihihi...

FOTO: Feliz Natal (Meri Kurisumasu!)

Monday, December 18, 2006

Japonês não cai da moto



Meu pai adora contar piada. E de uma hora pra outra, ele resolveu incrementar o repertório com piadinhas de japonês.

- Você sabe por que japonês não cai da moto?

- Não.

_ Porque ele monta Yamaha (e amarra).

_ Hihihi...


Ele também já me perguntou:

- Você sabe qual é o nome do Viagra no Japão?

_ Humm... Biagura??

_ Não, não. É AjinomoRto (age no morto)!

_ Hihihi...

Sunday, December 17, 2006

Esqueceram de mim. E de vocês também!

De volta a Tokyo, dei de cara com um anúncio que fotografei tempos atrás. Nele, tem escrito BEM-VINDOS A TOKYO! em tudo quanto é língua (em 13 idiomas, para ser mais específica), menos em português.

Será que os donos da casa se esqueceram de nós, brasileiros, que formamos a terceira maior comunidade estrangeira do Japão, ou eles pensam que falamos espanhol?

Só não quero acreditar que não somos bem-vindos aqui. Que medo!


AVISO: acabei de chegar do Brasil. Tomei banho (de 1 hora!) e atualizei o blog. Agora, eu quero cama! Amanhã, respondo os comentários tá? Bjinhos : )

Wednesday, December 13, 2006

Pergunte o que quiser. Eu respondo o que puder ; )

Em três anos de vida no Japão, voltei ao Brasil três vezes. Com o tempo tão curto - máximo 15 dias divididos entre Belo Horizonte/MG e Guarapari/ES - tenho que me desdobrar para paparicar a família, comer muito, fazer umas comprinhas, dar uma passada num salão de beleza e, é claro, rever os amigos.

Sempre sou bombardeada de perguntas, até por gente que nunca tinha visto antes. Chega a ser cansativo contar dezenas (tô achando que já cheguei na centena) de vezes as mesmas coisas, mas eu adooooro falar do meu Japão.

O povo me pergunta de tudo! Tem coisas que nem sei responder. Outras que me matam de rir. Ou de vergonha! Não dá pra eu escrever todas aqui - são muuuuitas - mas, aí vao as mais freqüêntes:

1 - Lá são 12 horas na frente né? E quanto tempo de viagem? Tem vôo direto?

Sim. O Japão está 12 horas na nossa frente. Agora são 4 horas da tarde no Brasil e 3 horas da manhã no Japao (descontei 1 hora porque estamos no Horário de Verão).

Não tem vôo direto não. Deus me livre! A gente precisa de um tempo pra esticar as pernas :P

A minha rota é assim: Belo Horizonte - São Paulo (1 hora de vôo) + São Paulo - Atlanta/EUA (9 horas de vôo) + Atlanta/EUA - Tokyo (12 horas de vôo). Então são 22 horas de vôo mais umas 8 horas de chá de cadeira nos aeroportos.


2 - Você gosta da comida japonesa? E come todo dia com aqueles palitinhos? Tem garfo e faca no Japão?

Gosto de muitas coisas da comida japonesa e algumas eu odeio! Mas em Tokyo tem todo tipo de comida e até loja de produtos brasileiros. Então, a gente dá um jeitinho.

Às vezes, eu cozinho em casa (cardápio brasileirissimo) e quase sempre como em restaurantes de comida americana, italiana, indiana, chinesa e também japonesa.

Palitinhos? Só quando vou a restaurantes japoneses. Tem garfo e faca no Japão, sim. Ufa!


3 - Três anos no Japão? Então, você está arrasando no japonês né?

Sim e não. Moro há três anos no Japão e a minha maior frustração é ainda não dominar a língua japonesa. Falta muuuito! Mas ainda não perdi a esperança e tenho uma justificativa para esse aprendizado tão lento: trabalho o dia inteiro com brasileiros. Não preciso falar japonês sempre. E ainda tenho um monte de amigos-dicionários ambulantes!


4 - Tem Natal lá? Como é?

Tem e não tem. São pouquíssimos os japoneses católicos, por isso, Natal nao é feriado lá. Mas acho que por influência americana tem árvore de Natal, Papai Noel e as ruas e lojas são enfeitadas sim. Só isso. Não tem festa, nem amigo oculto. Ah, neste dia 25 de dezembro (segunda-feira), às 9 horas da manhã, eu tenho que trabalhar!


5 - Menina, me conta aqui (essa pergunta é sempre com cochicho). É verdade mesmo aquela história de que o "bráulio" dos japoneses é pequeno?

Tava demorando! Todo mundo me pergunta isso! (menos o meu pai e o meu irmão). Se quiserem saber, que arranjem um namorado japonês! Essa pergunta eu não respondo. Nem saberia responder :D

Tá bom. Não respondo, mas dou uma pista: no Japão, tem camisinha de vários tamanhos e os estrangeiros costumam reclamar que aperta o danado. Por outro lado, entrevistei uma médica brasileira que disse que isso é lenda, pois as camisinhas japonesas são muito boas e confortáveis.

Querem saber? Eu acho que não podemos generalizar. Assim como as camisinhas, deve ter "bráulio" japonês de vários tamanhos :P

Sunday, December 10, 2006

Caça aos sushis do Paraguai

Li na Veja dessa semana A Polícia do sushi: Japão decide criar certificado para dizer qual é a autêntica comida japonesa.

A medida é polêmica. "Essas invenções me dão vontade de chorar. Pode chamar do que quiser, mas não de sushi", disse à Veja o japonês Shigeru Hirano (foto), dono do restaurante paulista Tanuki.


Mas, segundo a reportagem, muitos sushimen, inclusive no Brasil, torceram o nariz. Não vêem sentido em estabelecer regras tradicionalistas para uma culinária que só tem ganhado com a influência de outras culturas e com a inclusão de novos ingredientes.

Eu entendo o Hirano. Ele se refere aos sushis de carne-seca, goiabada e queijo coalho, criados pelos sushimen nordestinos e outros pecados cometidos por aí. A Veja citou alguns exemplos de "comida japonesa do Paraguai". Um deles é o URAMAKI CALIFÓRNIA, inventado pelos norte-americanos e feito com abacate. No Brasil, leva manga e, por causa das frutas, é reprovado pelos autênticos sushimen.

Lembrei do Júnior, irmão da Sandy. Quando a dupla foi cantar no Japão, no ano passado, ele disse que adoooooora Uramaki Califórnia. Será que alguém contou pra ele que, nesse caso, era melhor guardar a frase e a vontade de comer o autêntico sushi americano para uma turnê nos Estados Unidos?

Friday, December 08, 2006

Dos japoneses é maior!



No Brasil, celular chique e da moda é celular pequeno. Quanto menor, mais caro e mais desejado.

E muita gente pensa que, no Japão, os celulares são menores ainda. Nada disso! Os aparelhos vendidos lá são (quase sempre) maiores do que os daqui.

O mais importante para os japoneses, pelo que notei, são as funções e nem tanto a belezura e o tamanho pequeno. Celular bom tem que ter muito mais do que câmera, internet e música.

Tem celular no Japão que serve até de "chave" de casa, passe de metrô e muuuuitas outras coisas, que nem dou conta de acompanhar.

Já aqui no Brasil, fiquei impressionada com o sucesso dos pequenininhos.

Thursday, December 07, 2006

De Guarapari

De Beagá, vim para Guarapari (Espírito Santo). Meu pai mora aqui e tô aproveitando para pegar uma prainha e comer muita moqueca! Humm...

Meus planos de tirar muitas fotos legais do Brasil foram por água abaixo. Minha câmera digital não quer funcionar.

Com muito custo, achei uma câmera descartável, mas só Deus sabe o resultado. Tô fazendo assim: tiro uma foto e rezo. Tiro outra foto e rezo. Tomara que dê certo :P

Parêntese: aí (no Japão) já é quinta-feira, mas aqui (no Brasil) ainda é quarta, tá? Ou seja, não faz tanto tempo assim que não atualizo o Meu Japão :D

Monday, December 04, 2006

Mas que coisa




Devia ter vergonha da minha ignorância, mas confesso que só depois de morar no Japão é que ouvi falar no tal do Sérgio Mendes, aquele que ajudou a levar a Bossa Nova para os Estados Unidos e dali para o resto do mundo.

Em Tokyo, as pessoas não se cansam de ouvir o clássico Mas que Nada e já vi o novo CD dele nas seções dos recomendados e dos mais vendidos de muitas lojas de lá.

Ontem, no Domingão do Faustão, lá estava o Sérgio Mendes. O Faustão não poupou elogios e pela apresentação (parecia uma novidade!), percebi que eu não sou a única brasileira que mal conhece o nosso músico de tanto sucesso.

Ufa!

Friday, December 01, 2006

Eu quero, eu quero, eu quero!



Bebê é sempre lindo, mas os japonesinhos são especiais. A combinação olhinhos puxadinhos + cabelos negros arrepiadinhos é muito fofa, não acham?

O Kaoru é o novo fofíssimo do pedaço. Nasceu há uma semana, em Tokyo, e reparem que já tem cabelo "Dragon Ball". Que bonitinho!

Eu também quero :P

Ele nasceu de parto normal, como a maioria dos japoneses. Se fosse brasileiro, faria parte da minoria. É que o Brasil é um dos recordistas em cesarianas.

Vi no Jornal da Record que nos hospitais particulares daqui (estou no Brasil), 84% dos partos são cesarianas. Nos hospitais públicos, o número cai para 28% mas ainda é muito alto. Na Holanda, por exemplo, a média é 14%.

No Japão, não sei, mas sei que a média é baixíssima também. Lá, quem decide é o médico e cesariana, para eles, só em último caso.

Por isso, tem hospital brasileiro fazendo campanha para incentivar o parto normal. Afinal, se tem esse nome, não poderia ser mais indicado do que o "anormal".

Legal a iniciativa, mas quando chegar a minha vez de ser mamãe (sem pressa!), vou implorar ao médico para cortar a minha barriga. Com muita anestesia, claro :D
FOTO: Kaoru, no segundo dia de vida (25 de novembro). De olhos bem abertos!