Tuesday, October 31, 2006
Meu amigo Mickey. Oops, Tarso
Só isso que eu queria contar. Deixa ele pra lá...
Monday, October 30, 2006
Cadê a feijoada da mamãe?
Feijoada em lata, nem pensar!
Era esse o meu discurso até experimentar - e aprovar - uma porção na casa da Gisele. Comprei uma lata também (580 ienes/4,90 dólares). Comi tudo e, agora, a feijoada enlatada passou a ser o item número 1 da minha listinha de compras no supermercado.
Deixa a minha mãe saber disso...
Sunday, October 29, 2006
Por que não votei, hoje?
Não votei, de novo. Nem poderia, já que esqueci de transferir o meu título eleitoral de Belo Horizonte para Tokyo. Se eu estivesse realmente interessada em botar o meu dedinho nessas eleições, até que não seria tão trabalhoso assim. Bastava preencher uma papelada no consulado do Brasil e aparecer lá de novo nos dias da votação: 1º de outubro e hoje.
Mas o Japão não é tão pequeno como parece. Quem mora em Sapporo (Hokkaido), no extremo norte do país, por exemplo, precisaria de muita motivação e coragem para desembolsar pelo menos 40 mil ienes/330 dólares de transporte até Tokyo só para reeleger (ou tentar impedir a reeleição) do Lula. Assim como quem mora no extremo sul e teria de viajar até Nagoya, onde fica a outra unidade do consulado.
O jeito, agora, é não esquecer de explicar às autoridades brasileiras porque não votamos. Deixar de votar três vezes seguidas - cada turno é uma vez - leva ao cancelamento do título. Quem não pensa em voltar ao Brasil não precisa se preocupar. Nem ter medo de ficar sem passaporte: na hora de renovar, não importa se você tem título cancelado ou não.
Eu quero voltar. E já sei o que devo fazer, assim que pisar em BH. É só seguir as dicas dessa notícia que encontrei no portal UOL:
- O prazo legal para a justificativa eleitoral é de 60 dias a contar da data da eleição. Para se justificar, o eleitor deve encaminhar requerimento ao juiz da zona eleitoral —preferencialmente, àquela onde está inscrito. Mas a justificativa também pode ser dirigida a qualquer outro cartório eleitoral.
- Se o eleitor estiver no exterior no dia das eleições, terá o prazo de 30 dias, a contar de seu retorno ao Brasil, para justificar a ausência. Para tanto, deverá dirigir-se ao cartório eleitoral, apresentando bilhete de passagem de retorno e passaporte.
- Caso ultrapasse o prazo de 60 dias, o eleitor, ao solicitar a regularização de seu título, receberá uma multa, cujo valor será arbitrado pelo juiz eleitoral. Essa multa é calculada com base em 33,02 Ufir, entre o mínimo de 3% e o máximo de 10% desse valor —cerca de R$ 1 a R$ 3,5— por cada turno.
- Para cada turno em que o eleitor não compareceu e não justificou, será cobrada uma multa. Após a apresentação do comprovante do pagamento, o eleitor recebe a certidão de quitação eleitoral. O eleitor que deixar de votar e não justificar a ausência em três turnos consecutivos pode ter o título cancelado.
Friday, October 27, 2006
Meu amigo Mickey
Ele era anônimo, mas virou Mickey. Não sei se tem orelhas de abano ou orelhas de Buda – que, para ele podem ser iguais, mas a gente sabe que não são.
Ainda não entendi se odeia o Japão ou se odeia a mim. Por enquanto, só deu para perceber que ele é confuso e tem uma vontade enorme de ser uma pessoa muito, muito inteligente e culta.
Faz questão de ser desagradável e desaforado (ou será que é sem querer?), toda vez que visita o Meu Japão. Por isso, deletei alguns comentários dele. Só que, agora, fiquei arrependida. Queria, primeiro, saber a opinião de vocês:
O que eu devo fazer com os comentários do Mickey (ex-anônimo)?
1 – Deletar
2 – Ignorar
3 – Responder
4 – Dar gargalhada. Ele é muito engraçado!
Thursday, October 26, 2006
No banheiro, de novo
As privadas high tech do Japão são um sucesso. A gente sabe. Mas, além daquele monte de botões na privada, o que eu acho o maior barato dos banheiros daqui é um dispositivo para abafar o som do xixi (e de outras coisas mais).
Não entendia a importância do tal dispositivo, até descobrir que as japonesas fazem de tudo para que as vizinhas do banheiro público não escutem o barulhinho do xixi delas. Foi a Shigeko que chamou a minha atenção. "Repara", disse.
Reparei. Ela tinha toda razão. Agora, no banheiro da empresa - que tem três cabines com privada - eu me divirto tentando advinhar quem está no "trono" ao lado.
Se eu escuto o barulhinho do xixi, já sei que não é uma japonesa. Se vejo que a "vizinha de trono" disparou a descarga para abafar o barulhinho, já sei que é. É que no banheiro da nossa empresa não tem esse dispositivo.
Eu não me incomodo com o barulhinho do xixi não. Mas usei o tal dispositivo para abafar o som da minha câmera, quando fotografei o banheiro de um shopping. Só para mostrar pra vocês : )
Monday, October 23, 2006
Orelha de abano, para todo mundo ver
Se elas morassem no Japão, não precisariam se preocupar tanto. Aqui, orelha de abano não é feio. As modelos e atrizes - as feias e as lindas também - exibem as orelhinhas salientes numa boa. A prova está aí, nessas fotos: a de uma atriz (com o "cachorrinho-dumbo") e a de uma modelo japonesas.
Não sei o nome delas. Nem pesquisei. Mas sei que não são as únicas "japonesas-dumbo". Já vi muitas nos trens, nas ruas, na televisão e nas revistas também. Interessante né? A beleza também é relativa. Tô desconfiada que, aqui, isso é até charmoso : P
Thursday, October 19, 2006
Meu Japão é assim. E o seu?
Pessoal, acho que isso nem é um "post". É só uma perguntinha e, talvez, um desabafo.
O Meu Japão é esse que vocês lêem neste blog. Mas, como escrevi na apresentação dele (podem ver aí no alto, à esquerda), "quem sou eu para falar que o Japão é assim ou assado?". Eu conto as minhas impressões daqui que, certamente, são diferentes das de muita gente. E iguais às de muita gente também, eu sei.
A pergunta é: o Meu Japão é assim. E o de vocês, como é? Independente de quem já pisou aqui ou não. Eu adoraria saber : )
Monday, October 16, 2006
EXCLUSIVO: Entrevistei o Abe!
Ele também se chama Abe, mas não é o primeiro-ministro japonês, (Shinzo) Abe. Nem parente dele. "O kanji é diferente", explica. A língua japonesa tem dessas coisas. Às vezes, as palavras são iguais, mas se os ideogramas são diferentes, o significado certamente é diferente. Deixa pra lá. O que importa é que eu consegui entrevistar o Abe. Quero dizer, o Motoki Abe.
O Motoki não é artista, político, modelo, nada disso. Daí o meu interesse em entrevistá-lo. Eu queria mostrar como é a vida de um cidadão comum no Japão. Confesso que fiquei surpresa com algumas respostas dele. Já tinha percebido que o Motoki é uma pessoa muito bacana, mas pensei que fosse machista como todos dizem que o japoneses são. Me enganei!
Somos amigos porque frequentamos o mesmo bar e porque ele fala espanhol e ficou amigo de uma amiga peruana. Mas sempre que a gente se encontra, tentamos conversar em japonês. Foi idéia minha. Tenho medo do meu "portunhol" estragar o espanhol dele.
E a entrevista, acreditem, foi em japonês. Ok. Confesso que foi preciso recorrer ao espanhol ou inglês algumas vezes, mas juro que foram pouquíssimas vezes. A gente conversou no bar de sempre. Eu tomando o meu umeshu (licor de ameixa) e ele tomando a cervejinha (Corona) e o Bloody Mary dele. O Motoki, muito simpático, defendeu muito bem a imagem dos japoneses. Confiram.
Pera aí. Não é beeem uma entrevista. É só um perfilzinho (que pelo tanto de texto, virou um perfilzão). Não se esqueçam de que o meu "domínio" de japonês ainda é básico. Muito básico! Se quiserem perguntar mais coisas para o Motoki, tudo bem! Escrevam aqui e eu peço para ele responder ; )
Quem é ele?
Motoki Abe, 37 anos. Casado há dez anos com uma japonesa dois anos mais jovem. Tem duas filhas, de 8 e 6 anos. A mais velha se chama Maria. Isso mesmo: MA-RI-A! A caçula se chama Reina, que em espanhol signifca rainha. Ah, a esposa é programadora de computadores.
Os amigos do trabalho o chamam de Abe-san (senhor Abe). Os outros amigos o chamam de Abe. A família o chama de Motoki. Os (poucos) amigos estrangeiros o chamam de Motokito. Esse "ito" aí é de "pequenito" mesmo, mas ele tem mais de 1,80m de altura.
Trabalho
Fez faculdade de Economia. Virou corretor de imóveis e, há dois anos, abriu uma imobiliária. A empresa dele fica perto da estação de Tokyo - zona nobre da cidade - e só aluga imóveis comerciais. Perguntei até quando ele pretende trabalhar. "Até morrer". Fiz cara de espanto. "Eu adoro o meu trabalho", justificou.
Transporte
O Motoki tem carro, mas é a esposa quem usa. Ele anda 20 minutos de bicicleta (sim, de terno. Aqui é comum) até a estação mais próxima da casa dele, mais 40 minutos de trem e outros 10 minutos a pé até chegar ao escritório. De segunda à sexta-feira. A jornada de trabalho é de mais ou menos 12 horas por dia: de 9h da manhã às 9h da noite.
O que você faz para passar o tempo, dentro do trem? Lê mangá? Ouve música com o iPod? Ele riu: "Não, não. Eu leio livros. Mangá eu lia quando era mais jovem".
Casa
Ele nasceu e trabalha na capital japonesa, mas mora em Chiba, cidade nos arredores de Tokyo. Mora em casa própria. Não perguntei se é casa mesmo ou apartamento, mas deu pra perceber que é grande (para o padrão japonês): 100 m2, divididos em 3 quartos, sala, copa e cozinha. Deve ter garagem...
Comida
Ele adora natoo, a comida mais odiada pela maioria dos estrangeiros que vivem aqui. É realmente um prato nada atraente: uma espécie de soja fermentada, que "baba" mais que quiabo. Parece comida estragada, mas dizem que é uma beleza para a saúde. E para a pele!
O Motoki come natoo todos os dias, exceto nos finais de semana. Ele explicou que a esposa não tem tempo de cozinhar de segunda à sexta, então ele se vira com a marmita de natoo, arroz e iogurte. Em compensação, nos finais de semana, eles cozinham juntos e capricham no cardápio: peixe, salada, massa, carne, ramen (uma sopa de macarrão, carne e legumes, tradicional na China e aqui também) e por aí vai.
Férias e final de semana
Ele descansa três vezes por ano: 10 dias na primavera (no famoso feriado chamado Golden Week), 1 semana no verão e 2 semanas no inverno (final de ano). Fora os feriados, que não são poucos. Nesses dias, ele vai à praia, a Tokyo Disneyland (que na verdade, fica em Chiba), ao onsen (fonte de águas termais, que os japoneses adoram) e já viajou para Guam, uma ilha do Pacífico muito frequentada pelos japoneses.
Nos finais de semana, ele faz a faxina da casa. Sim! Ele disse que a esposa não gosta muito de fazer faxina e ele sempre ajuda! Depois, ele faz compras e vai passear com as filhas no parque perto de casa (os parques daqui não são parquinhos não. É uma delícia passear no parque).
Perguntei: e você não sai com a sua esposa? "Só os dois? Hum... a gente vai ao museu..." Pelo visto, os passeios são sempre em família. E a cervejinha, sempre com os amigos. Sem a esposa. Mas ele contou que a esposa também toma a cervejinha dela com os amigos. Sem ele. Outro dia, ele me disse que casamento sem confiança não dá certo. Ele confia na esposa e vice-versa. "Legal", pensei.
Viagens
Depois do casamento, ele só viajou para os Estados Unidos (de lua-de-mel) e para Guam, a tal ilha que falei. Mas ele já esteve na Espanha - aliás, ele morou lá durante 1 ano - Alemanha, Portugal, Bélgica, Holanda, China, Coréia, Tailândia, Cingapura e conhece o Japão de ponta a ponta. Todas as viagens internacionais foram a passeio. Já as viagens domésticas foram a trabalho.
Ah, além de falar espanhol, ele estudou um ano de francês ("mas já esqueci tudo") e inglês, na escola.
Vício de japonês
Você vai ao pachinko (casa de jogos) e ao sunakku (bar só para homens, onde só trabalham mulheres)? "Não", respondeu, seguro. Depois, confessou: "ia ao sunakku com o meu pai, quando eu era universitário".
Mas ao bar (esse!) você vem sempre... "Antes, três ou quatro vezes por semana. Agora, uma ou duas." Por quê? "Porque tenho que ir à academia. Não quero ficar gordo."
Estrangeiros
Se suas filhas se casarem com estrangeiros... "Não tem problema. Se for um marido inteligente e boa pessoa, não importa se é estrangeiro". "Aliás", emendou, "elas têm nomes fáceis para os estrangeiros pronunciarem. Quero que minhas filhas conheçam outros países quando estiverem na faculdade. Elas precisam ver que o mundo não tem só japoneses".
Última pergunta
Você é feliz? "Sempre!".
Sunday, October 15, 2006
Enrolada
É que o final de semana está mais animado do que eu esperava :D
Esperem por mim, please!
Wednesday, October 11, 2006
Outro mundo
Eu adoro provocar o Kuni (que já ficou famoso por aqui, como o amigo japonês e consultor para todos os assuntos ligados ao Japão), com a frase “no Japão, é tudo errado”. Mas é claro que isso é brincadeira. Como explicou a senhora Wan, não é tudo errado. É tudo ao contrário.
Ontem, na aula de japonês, me deparei com mais uma coisa “ao contrário”: o mapa-múndi. Aprendi, lá em Belo Horizonte, que as Américas ficam à esquerda, o centro do mundo é a Europa (e a África) e o Japão fica do outro lado do planeta, na extrema direita. Ou extremo oriente.
Aqui é diferente. Quem fica no extremo oriente é o Brasil (as Américas, na verdade). Quando fui apontar o meu país para os meus colegas de sala, deu vontade de falar “ué, esse mapa tá errado! O Brasil não é aí não”.
MAPA: para quem quer ver a foto ampliada, aí vai o link: http://www.stat.go.jp/data/sekai/h4.htm#
Monday, October 09, 2006
Modelo-camarão
Ninguém melhor do que uma modelo chamada Camarãozinho (Ebi-chan, em japonês) para fazer propaganda do sanduíche de camarão do Mac Donalds.
Liguei para o Kuni para checar a informação. Ele confirmou que a garota-propaganda do Ebi Filet-O era mesmo a Ebi-chan. Aproveitei para perguntar por que uma moça tão bonita tem um apelido tão feio.
Ele explicou que o sobrenome dela é Ebihara e daí Ebi (camarão) + chan (que é uma forma carinhosa de chamar as pessoas, especialmente mulheres e crianças. É como se fosse o nosso "inho" ou "inha").
Entendi, mas ainda achei esquisito. O Kuni tentou me convencer: "se fosse o apelido de uma mulher feia, seria estranho. Mas numa mulher bonita, fica bonitinho".
Sei não. Pra mim, isso é coisa de japonês :P
Parêntese: chan, leia tchan. Ebihara, leia EbiRRara.
Propaganda alheia
E para quem adora tecnologia e não tem "fôlego" para encarar essas letrinhas complicadíssimas daqui, descobri uma mina de ouro: o site do Ricardo Anderáos, jornalista e blogueiro do Estadão.
Ele não mora aqui, mas está aqui. Veio cobrir a maior feira tecnológica do Japão e contou tudo - com fotos e vídeos - lá no blog dele. O Ricardo também visitou a sede da Sony e hoje foi conhecer uma fábrica de câmeras digitais em Yamagata. E, é claro, ele vai contar tudinho pra gente (eu acho). Em português!
Descobri, ainda, o site do Fábio Seixas, jornalista e blogueiro da Folha que não mora aqui, mas também está aqui. O Fábio vem sempre, por causa da Fórmula 1. O blog dele é uma delícia de ler. Até eu que só acompanhava Fórmula 1 na época do Senna, virei leitora assídua.
O tema é automobilismo (nada a ver comigo!), mas ele também escreve sobre viagens e dá "pitacos sobre tudo mais", como ele mesmo descreve. Os pitacos sobre a cidade de Suzuka estão ótimos. Ele descobriu até uma daquelas máquinas automáticas que vende ovos! Pra mim, depois de dois anos e não sei quantos meses no Japão, essa foi uma super novidade.
FOTOS: copiei e colei dos blogs do Ricardo Anderáos (1) e do Fábio Seixas (2). Espero que não tenha cometido nenhum crime, já que citei as fontes e ainda fiz propaganda :D
Friday, October 06, 2006
Madonna, de novo
Prometo (tentar) parar de falar da Madonna. Dessa vez, a culpa é do Gustavo. Ele me mandou o novo clip dela e, é claro, adorei!
A Madonna gravou Jump, aqui em Tokyo :D
http://www.dailymotion.com/visited/search/madonna%20jump/video/xgq4m_madonna-jump-video-full
Thursday, October 05, 2006
Eu fui entrevistada
Mas descobri que também é gostoso dar entrevista. A gente se sente importante, nem que seja só naqueles minutinhos. Fui entrevistada umas duas ou três vezes na vida e, na semana passada, mais uma.
Não aconteceu nada de especial comigo. O Ewerthon, do blog Meu Japão é muito mais Legal, resolveu me entrevistar depois de me ver, animadíssima, no show da Madonna. Lá mesmo ele propôs a entrevista. E eu topei na hora, claro. "Falar da Madonna? Por que eu sou fã dela?" Adorei o tema.
Falei tanto que o Ewerthon nem poderia escrever tudo. Ele resumiu a nossa conversa - que, segundo ele, durou pouco mais de uma hora (eu nem vi o tempo passar) - e publicou lá no blog dele. Com fotos maravilhosas! Da Madonna, claro :D
É chato fazer propaganda da gente mesma. E eu já fiz isso aqui (tô ficando metida mesmo. ai que medo!). Mas aí vai o convite bem sutil: que tal conferir a entrevista?
Tuesday, October 03, 2006
No banheiro
Não sei o que me surpreende mais: o Japão ou os banheiros do Japão. Eu poderia fazer um blog temático, só de banheiro. Não escreveria dentro do banheiro, mas todos os textos e fotos seriam sobre os banheiros surpreendentes daqui - os botões de descarga, certamente, seriam o subtema mais freqüente do Banheiro no Meu Japão é assim... (xii, já até criei o nome!).
Pois é, outro dia me surpreendi mais uma vez. Fui ao banheiro lá no Fórum Internacional de Tokyo (eu estava lá para assistir à mostra de cinema do Brasil) e encontrei a invenção de "artefato para banheiro" mais simples e mais útil que já vi. Pode até ser que exista em muitos outros lugares - inclusive no Brasil - mas pra mim foi novidade.
Alguém aí conhece o NANI NANI KURI~NA~ (Desinfectant cleaner for toilet seat)?
Quem detesta fazer xixi em banheiro público especialmente por ter de ficar se equilibrando para acertar a privada - sem encostar a poupança e as pernas nela - vai gostar dessa invenção tanto quanto eu. Para os homens, deve ser muito prático fazer xixi em pé. Mas para as mulheres... é um Deus nos acuda. E a gente ainda corre risco de fazer xixi na calça, mesmo com a calça arriada.
Eu testei o NANI NANI KURI~NA~. Era tudo que eu queria! Basta pegar um pedacinho de papel higiênico, colocar o tal produto desinfetante (gel ou spray), limpar o assento da privada e sentar tranqüila, como se estivesse no banheiro de casa. Bom, eu confiei na eficiência da tal invenção, pois confio em tudo que os japoneses fazem. Eles são especialistas em praticidade e funcionalidade.
Aliás, nem sei se é invenção deles, dos americanos, europeus ou de sei lá quem. Só sei que adorei! E fiquei super feliz, hoje, quando fui ao banheiro na nova escola de japonês e pude usar o NANI NANI KURI~NA~ mais uma vez. É uma maravilha fazer xixi sentada, sem medo de ser atacada pelos micróbios de banheiro público.
Meninas, experimentem! Meninos, vocês também - afinal, é só xixi que vocês fazem em pé, não é?
FOTOS: versão gel (banheiro do Fórum) e versão spray (banheiro da escola).
Não votei
Nem no Lula (PT), para presidente, nem no Aécio (PSDB), para governador de Minas. Nem em ninguém. O Aécio, certamente, não sentiu falta do meu voto (e, daqui, eu não poderia votar nele. Só no presidente). O governador mais gato do Brasil (isso é só um detalhe) foi reeleito no 1º turno, com 77% dos votos. Mas o Lula, não sei não...
Ele pode deixar de ser reeleito por causa de um aqui, outro ali. Afinal, o Alckmin (PSDB) não fez feio nessas eleições e levou 41,6% dos votos, contra 48,6% do atual presidente. Tudo indica que a disputa no segundo turno vai ser dura. Se cuida, Lula!
Eu estava lá, no Consulado do Brasil em Tokyo, no domingo às 8 horas da manhã. Mas não fui votar e fiquei morrendo de medo de alguém me perguntar: "e você, já votou?". Seria um vexame a repórter revelar (xii, será que revelei?) que estava ali só para fazer fotos e encher os eleitores de perguntas. Nada mais.
Pois é, estou envergonhada. E arrependida. Por quê não votei? Porque esqueci de transferir o título de eleitora e porque ando muito, muito chateada com os políticos do Brasil. Mas não queria fazer parte de uma estatística tão feia: dos 300.000 brasileiros que moram no Japão, nem 300 votaram. E três zeros à direita fazem muita diferença : (