
Hoje é dia do
Tanabata Matsuri, que traduzimos como Festival das Estrelas. Existem váaarios festivais populares no Japão, mas este é o meu preferido.
Conheci o Tanabata em Belo Horizonte, uma cidade (a minha!) que não tem muita ligação com a cultura japonesa, mas que tem uma Associação de (pouquíssimos) descendentes de japoneses.
Fui lá conferir a festa deles, acho que em julho de 2003 - seis meses antes de vir para o Japão. Ou será que foi em 2002? Xii... esqueci!
Não lembro a data, mas lembro que a festa foi muito divertida, pelo menos para mim, que achava tudo diferente. Lá, comi
takoyaki (minha comida japonesa preferida) pela primeira vez e fiquei encantada com a lenda e a decoração do Tanabata Matsuri.
Quando cheguei aqui, queria muito ver o autêntico festival japonês. E vi, em Hiratsuka, uma cidade pertinho de Tokyo, famosa por sediar o segundo maior Tanabata Matsuri do país (o maior é em Sendai, beeem mais longe).
Meu Deus, acho que os meus olhos brilharam quando cheguei em Hiratsuka. Uma festa gigante! O bairro inteiro estava enfeitado, colorido e milhares de pessoas nas ruas – quer dizer, acho que milhões. Vi num site desses aí que o Tanabata recebe 3 milhões de “foliões” por ano: mais que o Carnaval de Salvador!
As jap

onesinhas vestidas de
yukata (quimono de verão) e, para a minha surpresa, os homens e as crianças também. Tem até estrangeiros que entram no clima e se vestem de quimono também. Mas, cá entre nós, nem a Gisele Bundchen ficaria tão linda de quimono como as japonesas.
Carros alegóricos gigantes, lanternas coloridas gigantes (e tem gente que acha que no Japão tudo é pequeno) e muitas, muitas, muitas barraquinhas de comida típica. Eu, claro, comi
takoyaki! Ai que delícia! Nem sinto mais saudade do
takoyaki de Belo Horizonte...
A LENDA
Copiei da internet:
“Tanabata, também conhecida como “Festival das Estrelas” ocorre no sétimo dia do sétimo mês do ano, quando de acordo com a lenda chinesa, duas estrelas, Altair e Veja podem finalmente se encontrar. No Japão, a estrela Altair é chamada de Kengyuu Boshi, Hikoboshi ou Mikeran, enquanto Vega é conhecida como Orihime Boshi, Shukuju ou Tanabata.
Existem várias versões para a história destas duas estrelas. Uma delas diz que Orihime era uma princesa que sabia tecer roupas muito bem e seu pai orgulhava-se disto. Um dia ela conheceu Kengyuu e se apaixonou, casou-se com ele e, para ira de seu pai, parou de tecer, pois preferia passar o tempo com o seu marido. O pai de Orihime, furioso, separou os dois, em extremos opostos da Via Láctea, de modo que só poderiam se encontrar uma vez por ano no sétimo dia do sétimo mês.
Neste dia, as pessoas costumam escrever poemas ou pedidos em tiras de papéis coloridos (tanzaku), que são amarrados em bambus e oferecidos às estrelas.
Também são acesas lanternas que, após o festival, são jogadas nos rios. São rituais para garantir uma colheita farta, e cultos em memória aos ancestrais. Não é considerado um feriado nacional.”
O PEDIDO (realizado!)
Em 2004, ano do meu primeiro Tanabata no Japão, escrevi um pedido no tal papel colorido e amarrei numa árvore no chiquerésimo bairro Ginza.
Lá não tem festa, mas na época do Tanabata, há enfeites espalhados pra todo lado e não precisa esperar o dia 7 de julho, nem ir à Hiratsuka para mandar o seu recado para as estrelas.
Deixa eu contar logo, o que eu quero contar: pedi um namorado japonês : )
E, já sabem né? As estrelas me ouviram e realizaram o meu sonho. Oops, o meu pedido. Dois anos depois, mas...
Segundo o Motoki, um amigo japonês, “rápido, né?”
Parêntese: não vou explicar o que é takoyaki. Vale um post à parte.