Thursday, August 30, 2007

Sono ao quadrado zzzzzZ


Meu celular me despertava às 9:30h. Às vezes, às 10:00h. Eu só levantava meia hora depois. Agora, ele me desperta às 6:30h e eu levanto 10 minutos depois.

O horário de dormir, porém, continua o mesmo: depois da meia-noite. Entendem por que tanto sono?

Eu volto no domingo. Juro!

Esperem por mim (^o^)/

Monday, August 27, 2007

Taiko: eu quero!

Deu vontade de aprender a tocar aquele tambor grande japonês, chamado taiko. É lindo demais! Ontem, por acaso, dei de cara com o festival de verão de Nippori, aqui em Tóquio, e não resisti às apresentações. Ali, no meio da rua. De perto. E de graça (^o^)/


Foram quatro, em ordem crescente. Primeiro, criancinhas. De 6 anos no máximo, eu acho. Depois, criancinhas um pouco mais velhas. Depois, adolescentes. Por fim, os adultos – homens e mulheres juntos.

Fiquei emocionada e me imaginava no lugar daquela japonesa, vestida com um quimono meio esquisito – a parte de baixo era um short branco – que arrasava em sua perfomance.

Não basta ter força e ritmo para tocar aqueles tambores enormes. Tem, ainda, que saber a coreografia. A moça levantava um braço, levantava outro, fazia pose, girava, sorria, gritava. Morri de inveja!

Quero aprender! Será que uma trintona, como eu, de braços tão fraquinhos e sem habilidade com instrumentos musicais tem chance?

PS: a foto é do celular de um amigo. Em baixa resolução, mas dá idéia de como foi, né.

Sunday, August 26, 2007

Vai um cafezinho (gelado) aí?

Ainda me choca ver os japoneses tomando café-gelado-sem-açúcar. Como isso pode ser gostoso? Não entendo!

Mas eles também ficam chocados quando estrangeiros, como eu, comem sushi com coca-cola. E devem fazer a mesma pergunta: "como uma combinação dessa pode ser gostosa? "


Adoro esse choque cultural! Ontem, eu e a minha amiga Mai (foto) rimos uma da outra. No almoço, eu dispensei o chá verde e pedi uma coca-cola. Sim, o prato era sushi.

No final da tarde, enquanto eu tomava meu sorvete-gigante-de-chocolate-com-banana, ela pediu café-gelado-sem-açúcar. Que é servido com gelo e canudinho!

Friday, August 24, 2007

Não me liga!


É isso que eu falo para todos os meus amigos gringos e japoneses. Adoro conversar e telefonar. Mas de telefonema em inglês ou japonês tenho pavor!

Morro de vergonha e por isso vou logo avisando: não me liga! Me escreva, por favor. Meu celular serve para falar Português, só Português. E para trocar mensagens. Nesse caso, pode ser em outra língua. Aliás, é nessa hora que aproveito para brincar com aqueles ideogramas lindinhos e complicadíssimos, os kanji.

Quando eu aprender direito, quem sabe a vergonha passa...

Até lá, vou fugindo do telefone ou acumulando histórias para contar aqui. Aí vai a da semana passada:

(eu): もしもし!Alô!

(a esposa do meu aluno): もしもし!Alô!

(eu): 成田さんいますか?O Narita está?

(a esposa do meu aluno): 。。。まだ帰ってないです。 Ainda não voltou.

(eu): 分かりました。私は成田さんのポルトガル語の先生です。カリナです。。。 Ok. Eu sou a professora de português dele. Karina...

(a esposa do meu aluno): ああ、カリナさん?お久しぶりですね。。。 Karina? Quanto tempo!

(eu): ごめんね、日本語まだわかりません。。。 Desculpa, eu ainda não falo japonês...

(a esposa do meu aluno): はい!しつれいします!Ok. Tchau!

tum... tum... tum...

A idéia era continuar a conversa, mas depois que eu falei que não sabia japonês, ela desligou o telefone.

Da próxima vez já sei que é melhor especificar “eu não sei japonês BEM”, mas quero deixar um recado (^-^) v

Parêtense: pois é, nas horas vagas sou professora de Português. As inscrições estão abertas :P
Parêntese 2: não sou professora fajuta não. Sei que o correto é "Não me ligue" e "Escreva-me" mas eu acho muito feio! "Ligue-me", então, eu me nego a escrever. E falar. Hihihihi...

Tuesday, August 21, 2007

Antes e depois do terremoto

Quando visitei um abrigo em Nagaoka (Niigata), em outubro de 2004, o que mais me impressionou não foram os estragos do terremoto que matou 67 pessoas e feriu 4.800.

A infra-estrutura e a assistência aos desabrigados é que me deixaram boquiaberta. Quem perdeu a casa estava ali no ginásio de uma escola pública, onde havia colchonete, cobertor, comida, roupas e jornais para todos.

Nada de roupa velha. Vi o galpão com as doações que não paravam de chegar. Tudo novinho, na embalagem! E ainda havia assistência médica e psicológica. Inclusive em português, já que boa parte dali era brasileira.

Agora, o que me choca é ver as vítimas do grande terremoto que atingiu o Peru na semana passada brigarem por comida e o governo acionar o Exército para conter os saqueadores.

Nem o governo japonês, nem os mais competentes cientistas do planeta são capazes de evitar terremotos, mas eles fazem de tudo para amenizar o impacto. E têm dinheiro para isso.

Aliás, esse foi tema de uma reportagem do Fantástico de domingo passado. Soube pelo Caruso. Ele recebeu vários e-mails de gente do Brasil que assistiu ao programa e ficou assustada.

Eu também fiquei. Antes de vir pra cá já temia o tal Grande Terremoto de Tokai, mas pensei: "seja o que Deus quiser. Esse terremoto não vai acontecer". E Deus ouviu as minhas preces. Obrigada, Senhor!

O que me assustou na reportagem foi o detalhe do Ano do Javali. Quem assistir vai me entender. Tomara que esse ano termine logo. Sem terremoto!

FOTO: Plaza de Armas de Pisco (cidade da minha querida amiga Angelica). La población pasa así la noche en medio del frío.

Sunday, August 19, 2007

É ela! A Mika Nakashima

Quem é essa garota? A Madonna eu sabia que não era mas nem desconfiei que fosse a Mika Nakashima. Aquela que interpretou a Nana no cinema e que eu adoro!

O novo visual é tão diferente, que realmente não reconheci. Logo a minha cantora japonesa favorita!

Me senti uma fã de meia tigela m(_ _)m

A música? Gostei mesmo antes de saber que era dela. Juro!

P.S.: O comentário da leitora Minhoca está certíssimo. Nesse vídeo do YouTube dá para reconhecer logo, porque mostra o rosto dela bem de perto. Mas eu esqueci de explicar que antes eu vi a Mika duas vezes na tevê e nem tchun! O cabelo comprido, a franja e as lentes azuis (ou sei lá que cor é aquela) me enganaram direitinho :P

Friday, August 17, 2007

Garota de Ipanema. Oops, de Tóquio

Já contei que as japonesas odeiam sol e que as garotas de Ipanema – aquelas popozudas, bronzeadas, com marquinha de biquíni - não fariam o menor sucesso por aqui.

Faltou contar que existe uma tribo de jovens japonesas (e japoneses também) “do contra”, que adora se bronzear. Algumas meninas ficam até bonitas. Meninos também. O problema é que a maioria exagera e...



... o resultado está nessa foto aí. Duas japonesas tostadas! Ah, geralmente, a turminha que gosta de se tostar, oops, de se bronzear também gosta de cabelos loiros. By Wella. L' Oréal, sei lá.

Mas, cá entre nós, essa do biquíni verde limão deveria estar no Guinness Book. Duvido que exista uma japonesa mais tostada!

Tuesday, August 14, 2007

Você tem medo de ponte-túnel?

Eu não. “Seja o que Deus quiser”, disse. E lá estava eu, mais uma vez, percorrendo os 10 quilômetros de extensão do túnel que atravessa, por baixo!, a Baía de Tóquio e liga duas províncias japonesas: Chiba e Kanagawa – estava voltando da praia, de carona com o leitor Dani. Ou Daniel T. Yara, como ele assina aqui.



Da primeira vez, cheguei a dar uma paradinha para curtir as atrações turísticas do local. Aliás, a atração é mesmo a construção. Não deve ser fácil construir um túnel dentro do mar. Sei que ponte-túnel não é exclusividade do Japão, mas sei também que a obra é grandiosa sim e merece atenção.

Mas, na verdade, não ligo muito para números nem detalhes de construção nenhuma. Se tivesse paciência com as Ciências Exatas, não teria enveredado para as Ciências Humanas. No caso da Tokyo Wan Aqua-line, gosto mesmo é da emoção de saber que estou “mergulhando” de carro no mar (^o^)/



E se acontecer um grande terremoto? Sei lá. Confio na habilidade dos japoneses. Eles devem ter pensado nisso. Têm que ter pensado!

Detalhe: são 10 quilômetros por baixo do mar e outros 5 quilômetros, por acima. Daí, ponte-túnel. Esse “monumento” aí no meio do nada se chama Umi-hotaru e marca a metade da travessia.

FOTOS: do leitor Dani. Esse mesmo da carona. Gracias, Dani! (Ele é peruano. Habla español)

Friday, August 10, 2007

No trem com o Mario Prata


Não estou usando o nome do meu escritor predileto em vão. Deus me livre! É que fiquei toda feliz, hoje, porque o Purgatório chegou às minhas mãos.

Daí troquei a Contigo, a Época e a Veja - minhas fiéis companheiras de trem - pelo Mario Prata. Difícil era segurar o riso, em pleno vagão lotado. "A gringa é maluca. Tá rindo sozinha" era o texto do balãozinho que eu imaginava na cabeça dos japoneses.

Sou maluca, não! E me diverti, outro dia, vendo uma adolescente rindo sozinha em outro trem. Aliás, sozinha não. Ela estava com um mangá.

Adorei herdar mais essa mania japonesa. Não sei o que será de mim quando eu voltar para Beagá (leia Belo Horizonte, minha cidade natal). Adoro ler no trem. Ônibus dá enjôo!

Além da viagem de 50 minutos parecer de apenas 5, a gente faz até amizades! Eu fiz. Conheci o Taku, assim. E já bati papo com um indiano e um francês por causa de uma revista (Istoé), no primeiro caso, e de um livro (da escola de japonês), no segundo.

O Taku virou meu amigo por causa da Nova. Lá estava eu lendo a minha revista, de pé, quando reparei que aquele adolescente japonês sentado a minha frente não parava de olhar para mim e para a minha revista.

Na hora pensei: "ele deve achar que estou lendo a Playboy". Resolvi virar a página para esconder a capa mais que ousada. Não adiantou. O menino continuava olhando. Fui ficando desconsertada, até que ele tomou coragem e me perguntou: "você é brasileira?"
"Sou! Você também?" Não, ele é japonês mesmo. Mas fala português porque morou um ano no Brasil. Foi jogar futebol. Queria ser o próximo Ronaldinho. Não parava de olhar para a revista porque queria checar se era português que eu estava lendo. Acertou. E ficou todo feliz.

Trocamos emails, telefone. Ficamos amigos. Prometi até apresentar uma brasileira mais apropriada para namorar com ele. "Você é muito novinho", expliquei. Eu já estava beirando os 30 e o menino japonês que sonha não só com o futebol mas também com uma namorada do Brasil tinha apenas 16!

Meu precioso tempo no trem serve, ainda, para estudar japonês. Ou inglês. E quando esqueço de carregar a revista ou o livro, fico louca e não paro de fuçar o celular até chegar a minha estação. Mando email pra Deus e o mundo e só não faço ligação porque é proibido.

Os japoneses também são assim. Muito mais inquietos, por sinal. Não vejo ninguém olhando para o teto. Todo dia pego trem. Pra lá e pra cá. E todo dia vejo que os meus colegas de vagão estão lendo, fuçando o celular - muitas vezes, vendo TV -, jogando videogame (PlayStation Portátil por aqui é comum. O concorrente DS também) ou dormindo.

Só não vale perder tempo!
Oops, já ia me esquecendo dos efeitos colaterais. Entrei no trem errado, uma vez, porque na plataforma me distraí com a Palavra-cruzada. m(_ _)m

Thursday, August 09, 2007

Melancia-Halloween

Se a melancia amarela me deixou surpresa, imagine essa daí. As fotos foram enviadas pelo leitor Kuni que, apesar de ser japonês da gema e (quase) sempre ter morado por aqui, também ficou surpreso.





Ele explicou que não é comestível. Serve para enfeitar. Tô achando que ele fez confusão. Deve servir para assustar! As abóboras que se cuidem no próximo Halloween. As cabeças de melancia têm grande chance de fazer mais sucesso, não acham?

Tuesday, August 07, 2007

English music made in Japan

I lost a bet but I won a nice present: the debut's CD of Kev Gray. Now, he's working on his second album and I haven't begun writing my first book, yet!

No problem! I will hurry up and become famous first (^o^)/

By the way, my favourite musics are Guatemala, Stay A Little Longer and Fighting The Tide.


Perdi uma aposta mas ganhei um presente legal: o CD de estréia do Kev Gray. Agora, ele está trabalhando no segundo álbum e eu nem comecei a escrever o meu primeiro livro!

Tudo bem! Eu vou correr e ficar famosa primeiro (^o^)/

A propósito, minhas músicas favoritas são Guatemala, Stay A Little Longer e Fighting The Tide.

Monday, August 06, 2007

Só agora vi a melancia amarela


Por falar em supermercado, mais uma surpresa: a melancia amarela. Para mim era uma super e divertida novidade, até eu chegar em casa e dar uma "googlada".

Descobri que não é novidade coisa nenhuma e me senti "mais por fora que bumbum de índio"...

Ainda no supermercado, fiquei tão entusiasmada e empenhada no plano de fotografar a tal orenji suica sem ser percebida - eu ainda não tinha lido o comentário do Paulo*! - que esqueci de checar o preço...

Aliás, esse nome também me chamou a atenção. Orenji (leia orendi) é laranja, em japonês. Suica é melancia. A dúvida era: trata-se de uma melancia amarela ou de um híbrido de laranja com melancia? Afinal, amarelo em japonês é kiiro.

A resposta estava lá no Google: letra A.

Ah, as minhas fotos ficaram horríveis, claro. Por isso, resolvi emprestar da internet :P




* É complicada essa história de não poder fotografar dentro de estabelecimentos comerciais. É a mesma coisa daquela placa nos estacionamentos, dizendo que quem estacionar sem entrar na loja vai ter que pagar uma multa.Não há nenhuma lei que garanta esse direito aos donos dos estabelecimentos ou estacionamentos, mas eles colocam as placas para tentar inibir as pessoas. Não se avexe, Karina! Pode fotografar a vontade! E se algum segurança te parar, diga somente que vai consultar seu advogado, e você verá com que rapidez eles somem...hehehe!

Saturday, August 04, 2007

No supermercado

No Japão, até um passeio no supermercado é divertido. Aliás, os supermercados daqui são quase tão divertidos e surpreendentes quanto os banheiros.

Dia desses aproveitei que estava com uma amiga que tem cara de estrangeira e espírito de turista (ou será de criança?) como eu e tomei coragem para fotografar aquilo que achamos o máximo:

numa banca de frutas, vimos uma tela grande, finíssima, em forma de maçã, onde era projetado um vídeo que fazia propaganda de pêssego. E logo abaixo da "TV", lá estavam os verdadeiros, apetitosos - e caros! - pêssegos.

Não compramos, apesar da vontade, e logo que saímos demos de cara com a placa de "proibido fotografar". Pelo jeito, tem mais gente por aqui que acha os supermercados divertidos (^0^)/